segunda-feira, 7 de março de 2011

07 de janeiro – sexta feira (escrito em 10 defevereiro)

Minha mãe resolveu ir para o acampamento de meu padrasto. Antes de eu ir para Jaguari, ela havia comentado sobre a possibilidade de irmos. Eu disse que não era de meu interesse, mas que em todo o caso eu poderia ficar na casa da minha amada tia Nena. Pois bem, estava certo que eu ficaria na casa da tia, e que eu aproveitaria para visitar as minhas amigas, porque depois não haveria tempo para tais visitas, visto que passaríamos uma semana em Santiago, uma semana em Estrela, e logo depois a mãe e eu iríamos para Cassino, e eu prosseguiria para Porto Alegre enquanto a mãe voltaria para Jaguari.
O problema foi que a mãe resolveu impor uma condição para que eu ficasse na casa de minha tia, e qual era a condição? Eu NÃO sair da casa dela, ficar somente lá. Um ABSURDO! Sim, era o que minha mãe queria, prender-me. Não aceitei e de imediato comecei a chorar, por ver que minha mãe não acredita na mudança de sua filha, mas acredita na mudança de um homem que ameaçou pôr fogo na casa dela, matá-la... Alguém saberia me explicar o que se passa na cabeça dela?
Liguei para a rodoviária, reservei a passagem para o primeiro horário possível e decidi antecipar a minha volta para Porto Alegre. Não sou mais uma pré adolescente revoltada e inconsequente, amadureci e todos os que me conhecem enxergam isso, menos a pessoa que mais deveria me amar.
Certo dia um amigo perguntou-me se acho que minha mãe me ama. Até hoje não sei responder esta pergunta...

Um comentário:

  1. Micheli, gostei do seu blog. Sinceramente é um dos melhores blogs desse estilo que eu já li. Digo "desse estilo", porque você fala sobre seu cotidiano e o usa como um diário de papel, um diário "agenda"(daqueles que eu tive quando tinha 13 anos, e provavelmente você também já teve). Mas é diferente. Gostei da forma sincera que você relata os acontecimentos. Gostei da sua sinceridade. E estou te seguindo. Cada post que eu li aqui, é como se fosse um capítulo de um livro. O seu. Enfim, vou terminar dizendo uma coisa que me falaram. Uma amiga minha e eu, estavámos falando sobre amor de família. E ela me perguntou se eu dizia "eu te amo" para meus pais. E eu disse: "Raramente." Talvez seja vergonha, por incrível que pareça parece mais fácil falar "eu te amo" pra alguma amiga, do que para nossos pais. Não é assim? Ela me falou o seguinte: "Mas sempre que puder diga que os ama, porque um dia eles vão embora, e vai doer o fato de tu não ter dito isso." E acho que serve para tudo, não só entre pais e filhos, mas devemos dizer "eu te amo" para quem realmente amamos. Ligação de família é eterno, e querendo ou não, sempre acontecem esses desentendimentos, que passam, mas o amor verdadeiro continua. Enfim, perdoe-me por falar tanto. Haha. Um beijo!

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